Pensamentos Poéticos de Ricardo Ohara. Um Momento de Reflexão Sobre a Arte de Viver!


 


O lobo
Pode tentar se disfarçar,
Por mil  vezes, sob a pele
De uma dócil ovelha,
Mas continuará com a cara
De lobo, cheiro de lobo,
Olhar de lobo, movimentos
De lobo e um grande apetite
De lobo.

 O Lobo - Ricardo ohara (17/10/2025)


 

 

De que lado você está?
Tem alguém do seu lado?
Para que lado você olha?
Tem alguém do seu lado?
Somos livres
Ou vivemos presos
Dentro de uma caixa
Que só existem lados?
Saia da caixa!

(Saia da Caixa! - Ricardo Ohara  em 14/10/2025) 

 

 
As lágrimas
Dos meros imortais
Serão lembradas
Dia após dia.
E cairão por terra
As gargalhadas
Dos deuses fajutos,
Sepulcros caiados,
Podres e fétidos.

(Deuses Fajutos - Ricardo Ohara em 12/10/2025)



Ontem,
Uma sombra.
Hoje,
Simplesmente hoje.
Amanhã,
Quem sabe?

  (Quem sabe? - Ricardo Ohara em 12/10/2025)



 
A maior solidão do homem
Não é aquela que ele sente
Quando se distancia das pessoas.
A maior solidão do homem
É aquela que ele não sente
Quando se distancia de si mesmo.
 (Maior Solidão do Homem - Ricardo Ohara)



Um cavalo selvagem
Depois de domado,
Deixa de ser selvagem,
Mas continua sendo
Um cavalo selvagem...
 (Cavalo Selvagem - Ricardo Ohara)

 

O medo acaba se tornando uma sentinela
à porta de uma masmorra. Vigiando-nos, 
impedindo-nos de ser livre. Ele nos priva
da   visita   da   doce  loucura,   o    alento, 
e abre a porta para a entrada do carrasco,
o sofrimento.
(A Sentinela - Ricardo Ohara)

 



Gosto da palavra “crua”, longe do cozimento ou de temperos exagerados... pois nem sempre acertamos o ponto. O silêncio, em certos casos, funciona como um bom amaciador, se não for usado em demasia. Do contrário, desanda! Tornando-nos omissos como os covardes e desprovidos de sentimentos como os malfeitores.
(Palavra Crua - Ricardo Ohara)


Caímos em uma armadilha ao pensar que todos os dias são iguais... a rotina! Mas não são e nunca serão! Há sempre um detalhe que distingue um dia do outro. E quando passamos a enxergar dessa forma, o invisível se materializa, as pedras se movem, e o vento muda de direção sinalizando possibilidades. As linhas se tramam e o caminho é avistado.
(Os Dias Não São Iguais - Ricardo Ohara)


O medo... um leque com paletas obscuras que se posicionam lado a lado esperando alguém para abri-las. Medo? Do quê? Dos próprios medos? São tantos os medos que o leque toma uma forma infinita, criando um buraco negro dentro do nosso próprio universo, um celeiro onde o medo não habita, mas que serve de esconderijo para o terror, o pavor, a obsessão, a crueldade e infinidades de aberrações do próprio medo.
(O Medo - Ricardo Ohara)


Estou feliz ou sou feliz? Estou triste ou sou triste? Vivemos de momentos... pedacinhos de eventos que traçam o contorno de uma vida. Momentos são peças de um quebra-cabeça que darão forma a uma figura. Pode ser uma paisagem, um objeto, o nosso próprio retrato, ou até mesmo o vazio de uma tela em branco.
(Momentos... - Ricardo Ohara)


Quando a palavra não conduz o corpo, o homem se divide em dois universos. Um, é o que todos querem e desejam ver. O outro, está além dos meros sentidos, noutra dimensão.
(Universos - Ricardo Ohara)



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